sábado, 31 de agosto de 2013

Aconteceu em agosto...


Atividades diárias:


 “Lendo com meu filho”: as Bibliotecas Escolares Municipais incentivam a prática da leitura dos pais para os seus filhos, proporcionando momentos de diversão, prazer e estreitando os laços familiares.                                                                                 
Empréstimos: todos os dias, de 9 às 17h. Para se tornar sócio é necessário: 2 fotos 3x4, comprovante de residência e documento de identificação;

Consulta ao acervo (livros, revistas atuais, jornais e gibis): todos os dias, das 9 às 17h;

Brinquedoteca: jogos e brinquedos: todos os dias, das 9 às 17h.
              Biblioteca Escolar Municipal da Glória - Pedro Nava
              Biblioteca Escolar Municipal do Leblon - Vinícius de Moraes

Gibiteca: acervo de gibis para leitura e empréstimo

              Biblioteca Escolar Municipal do Grajaú - Clarice Lispector
              Biblioteca Escolar Municipal da Glória - Pedro Nava
              Biblioteca Escolar Municipal do Rio Comprido - Aluísio de Azevedo
              Biblioteca Escolar Municipal do Dique - José Lins do Rego

Acesso à Internet:
              Biblioteca Escolar Municipal de Paquetá - Joaquim Manoel de Macedo
              Biblioteca Escolar Municipal do Grajaú - Clarice Lispector
              Biblioteca Escolar Municipal de Engenho Novo - Agripino Grieco
              Biblioteca Escolar Municipal de Olaria-Ramos - João Ribeiro
              Biblioteca Escolar Municipal de Bangu - Cruz e Souza
              Biblioteca Escolar Municipal Infantil de Sulacap - Lucia Benedetti

Acesso à Internet Itinerante, em parceria com a Secretaria de Ciência e Tecnologia. 
               De 5 a 9 de agosto – BEM de Copacabana
               De 5 a 9 de agosto – BEM do Méier
               De 19 a 23 de agosto – BEM de Sulacap




Atividades do mês:


Dia 08 – 9 às 17h - “Troque sua garrafa PET por um livro”: toda primeira segunda-feira de cada mês, Cada garrafa PET que é lavada pode ser trocada por um livro doado pela comunidade do Leblon. Em parceria com Instituição Projetos Avança Maré - BEM do Leblon;
                            13h - Reunião com os bibliotecário da SME. Tema: Cineclube nas BEM;


Dia 09 - 10h e 13h - Hora do Conto com o Projeto Entrelinhas, da Prof Silvia Castro, em parceria com o SESC - BEM de Copacabana;

Dia 13 - 9 às 17h - “Projeto Leia e Troque” - Toda 2ª  terça-feira do mês. Você leva o seu livro e troca por outro doado pela comunidade do Grajaú. -BEM do Grajaú; 

Dia 15 – 10h e 13h   Hora do Conto com o Projeto Entrelinhas, da Prof Silvia Castro, em parceria com o SESC – BEM da Glória;
               15h Mostra de cinema Nosso Papel -  Filme A floresta e o homem - BEM de Paquetá;

Dia 16 - 15h - Prosa, Música e Poesia: uma homenagem à Clarice Lispector Apresentação do curta metragem Felicidade Clandestina (15min); Leitura de dados biográficos da homenageada; Apresentação musical e um bate-papo sobre a autora e Espaço aberto para participar com leitura de textos, poesias, crônicas e poemas de Clarice Lispector - BEM de Sulacap;

Dia 20 - 15h Mostra de cinema Nosso Papel -  Filme A floresta e o homem - Ação da BEM de Paquetá e ONG Nosso Papel na biblioteca do CRAS, na R.A. de Paquetá; 

Dia 28 – 15h30 - Palestra: "Como expressar insatisfação com elegância e coerência". Sorteio de um livro no final da palestra - BEM do Leblon.


Exposições: 

  • FOLCLORE: em comemoração ao dia nacional do Folclore (22/08) exposição de livros sobre o folclore - BEM de Copacabana, BEM da Glória, BEM do Grajaú (exposição permanente Folclore Sempre), BEM do Méier e BEM de Sulacap (após dia 20);
  • Exposição de fotos do Curso de Fotografia da BEM de Paquetá - na Estação das Barcas em Paquetá - Ação em parceria com a ONG Nosso Papel;
  • Arte na Banheira: livros de Arte expostos na banheira do prédio tombado. Um banho de Arte! BEM de Copacabana;




  • Guimarães Rosa: mostra de livros do acervo sobre o autor.BEM de Copacabana;




  • Estante novas aquisições: livros novos na BEM da Glória;
                   
 

 

  • Exposição Itinerante Rio de Machado: banners e livros do "Bruxo do Cosme Velho" BEM de Olaria/Ramos;
                                 
Exposição na BEM Dique, em julho.


 

  •  EXPOFUT - Exposição de livros, bandeiras e camisas de futebol- Em parceria com o RIOemFORMA e prof. Hércules - até o dia 16 de agosto na BEM de Sulacap.
                         
 

  
          Cursos gratuitos: 
  •  
  • Alfabetização Digital na BEM de Paquetá - Segundas e quartas, das 14h às 15h.
         (Dúvidas e inscrições: ytauana@gmail.com ou lucasdifreitas@gmail.com)
  • Curso de Contadores de Histórias: “A Magia de Contar Histórias”  com a bibliotecária  Claudia Gomes (até 4\11\2012, uma vez na semana, sempre quinta-feira na BEM do Grajaú.                              



  • Curso de teatro (interpretação) na BEM de Sulacap - Toda segunda-feira, de 14 às 17h, com o prof. Kassiano; 
  • Aula de artesanato: toda quarta-feira na na BEM de Sulacap às 14h30 (informações sobre material no local) e na BEM do Méier (toda quarta de 9 às 12h  e de 13 às 17h).
Projetos especiais:
  • Visita guiada no prédio tombado da BEM de Copacabana - visitas guiadas podem ser agendadas pelo telefone 2267-5561 – para escolas e grupos de visitantes;
  • Empréstimos de até 3 livros , com a possibilidade de ficar com os livros todo o mês de agosto - BEM da Glória;
  • Troca-troca de livros TODOS os dias na BEM do Leblon!
  • Encontro com psicólogos Marcia Marques e o Grupo Renovação (grupo da 3ª idade) - Toda sexta-feira às 14h - BEM de Sulacap.

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Graciliano Ramos


Graciliano Ramos foi o grande homenageado da FLIP 2013 (leia mais aqui)!

Também foi o autor escolhido pela Secretaria Municipal de Educação para a Maratona Escolar do 2013, ocasião em que alunos da rede pesquisam e escrevem sobre a vida e obra de um escritor concorrendo a um prêmio pela Academia Brasileira de Letras (saiba mais clicando aqui).




Por estes motivos ele foi o autor escolhido para a postagem no blog como uma homenagem das Bibliotecas Escolares Municipais!


Graciliano Ramos
 1892 -1953

Foto: © Kurt Klagsbrunn

BIOGRAFIA

Graciliano Ramos de Oliveira foi um romancista, cronista, contista, jornalista, político e memorialista brasileiro do século XX, mais conhecido por seu livro Vidas Secas (1938). Nasceu em Quebrangulo, em 27 de outubro de 1892. Primeiro de dezesseis irmãos de uma família de classe média do sertão nordestino, ele viveu os primeiros anos em diversas cidades do Nordeste brasileiro, como Buíque (PE), Viçosa e Maceió (AL). Terminando o segundo grau em Maceió, seguiu para o Rio de Janeiro, onde passou um tempo trabalhando como jornalista.
Em setembro de 1915, motivado pela morte dos irmãos Otacília, Leonor e Clodoaldo e do sobrinho Heleno, vitimados pela epidemia de peste bubônica, volta para o Nordeste, fixando-se junto ao pai, que era comerciante em Palmeira dos Índios, Alagoas. Neste mesmo ano casou-se com Maria Augusta de Barros, que morreu em 1920, deixando-lhe quatro filhos.
Foi eleito prefeito de Palmeira dos Índios em 1927, tomando posse no ano seguinte. Ficou no cargo por dois anos, renunciando a 10 de abril de 1930. Segundo uma das auto-descrições, "(...) Quando prefeito de uma cidade do interior, soltava os presos para construírem estradas." Os relatórios da prefeitura que escreveu nesse período chamaram a atenção de Augusto Frederico Schmidt, editor carioca que o animou a publicar Caetés (1933).
Entre 1930 e 1936 viveu em Maceió, trabalhando como diretor da Imprensa Oficial, professor e diretor da Instrução Pública do estado. Em 1934 havia publicado São Bernardo, e quando se preparava para publicar o próximo livro, foi preso em decorrência do pânico insuflado por Getúlio Vargas após a Intentona Comunista de 1935. Com ajuda de amigos, entre os quais José Lins do Rego, consegue publicar Angústia (1936), considerada por muitos críticos como sua melhor obra.
Em 1938 publicou Vidas Secas. Em seguida estabeleceu-se no Rio de Janeiro, como inspetor federal de ensino.
Em 1945 ingressou no antigo Partido Comunista do Brasil - PCB (que nos anos sessenta dividiu-se em Partido Comunista Brasileiro - PCB - e Partido Comunista do Brasil - PCdoB), de orientação soviética e sob o comando de Luís Carlos Prestes; nos anos seguintes, realizaria algumas viagens a países europeus com a segunda esposa, Heloísa Medeiros Ramos, retratadas no livro Viagem (1954). Ainda em 1945, publicou Infância, relato autobiográfico.
Adoeceu gravemente em 1952. No começo de 1953 foi internado, mas acabou falecendo em 20 de março de 1953, aos 60 anos, vítima de câncer do pulmão.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Graciliano_Ramos 




CURIOSIDADES

  • Foi o primeiro de dezesseis filhos de Sebastião Ramos de Oliveira e Maria Amélia Ferro Ramos;
  • Cresceu em meio às surras aplicadas pelo pai, o que o fez acreditar desde cedo que todas as relações humanas se movem pela violência;
  • Em 1904 criou um jornal dedicado às crianças, o Dilúculo;
  • Adotou diversos pseudônimos nos jornais em que colaborou. Alguns deles: Feliciano de Olivença (quando publicou sonetos na revista O Malho), Almeida Cunha, S. de Almeida, Soares Lobato, Soares de Almeida Cunha e Lambda;


  • Em 1910 o Jornal de Alagoas moveu um inquérito literário contra o escritor, que era colaborador do jornal;
  • Ficou viúvo de sua primeira esposa em 1920, que o deixou com quatro filhos pequenos;
  • Foi prefeito na cidade de Palmeira dos Índios no final da década de 20, mas renuncia ao cargo em 1932;
  • Foi descoberto para a literatura a partir dos relatórios que enviava ao Governo do Estado de Alagoas, na época em que era prefeito de Palmeira dos Índios. Os relatórios chamaram atenção para seu modo literário de escrever;
  • Seu primeiro livro, Caetés, que vinha escrevendo desde 1925, é lançado em 1933;
  • Foi diretor da Imprensa Oficial em Maceió;
  • Fundou uma escola no interior da sacristia da igreja matriz em Palmeira dos Índios;
  • Escrevia seus livros à mão;
  • Foi acusado informalmente de ter conspirado no mal sucedido levante comunista de novembro de 1935 e preso em Maceió. Foi levado para o Rio de Janeiro com outros 115 presos, onde permaneceu até 1937;
  • Graciliano Ramos e Olga Benário estiveram presos na Casa de Detenção da Rua Frei Caneca, no Rio de Janeiro, na mesma época;
  • O tempo em que passou preso na Casa de Detenção da Rua Frei Caneca, no Rio de Janeiro, e na Colônia Correcional de Dois Rios, na Ilha Grande, é relatado em seu livro  Memórias do Cárcere, que foi publicado incompleto, faltando o capítulo final, pois Graciliano morreu antes;
  • Seu livro Angústia recebeu em 1937 o prêmio Lima Barreto pela Revista Acadêmica;
  • Recebeu o prêmio Literatura Infantil do Ministério da Educação pelo seu livro A terra dos meninos pelados;
  • Em 1939 é nomeado Inspetor Federal do Ensino Secundário no Rio de Janeiro;
  • Recebeu em 1942 o prêmio Felipe de Oliveira pelo conjunto de sua obra, por ocasião de deus 50 anos;
  • Escreveu em parceria com Jorge Amado, José Lins do Rego, Aníbal Machado e Rachel de Queiroz o livro Brandão entre o mar e o amor;
  • Filiou-se ao Partido Comunista em 1945;
  • Foi eleito presidente da Associação Brasileira de Escritores em 1951, e reeleito no ano seguinte;
  • A Câmara Municipal do Rio de Janeiro lembrou os 60 anos de Graciliano Ramos em sessão presidida por Peregrino Júnior, da Academia Brasileira de Letras, na qual falaram sobre sua obra Jorge Amado, Peregrino Júnior, José Lins do Rego e outros;
  • O livro  Vidas Secas recebeu o prêmio Fundação William Faulkner na Virgínia, Estados Unidos;
  • Tinha predileção pelas narrativas em primeira pessoa;
  • Foi comerciante de tecidos;
  • Não fez nenhuma faculdade;
  • Era ateu convicto, mas tinha uma Bíblia na cabeceira só para apreciar os ensinamentos e os elementos de retórica;
  • Era pai de oito filhos: quatro do primeiro casamento com Maria Augusta Barros e quatro do casamento com Heloísa Leite de Medeiros;
  • Luiza Ramos, sua filha com Heloísa Leite de Medeiros, foi casada com James Amado, irmão do escritor Jorge Amado;
  • Era fumante;
  • Morreu de câncer em 20 de março de 1953;
  • Os livros Vidas Secas e Memórias do Cárcere foram adaptados para o cinema por Nelson Pereira dos Santos em 1963 e 1984. Vidas Secas recebeu os prêmios Catholique International du Cinema e Ciudad de Valladolid (Espanha);
  • Após a sua morte, a responsável pela publicação de suas obras foi sua esposa Heloísa Leite de Medeiros.

  
Fontes:


E aí? Deu curiosidade de saber mais sobre sua vida e obra? Visite uma de nossa BEM e procure os livros de/sobre Graciliano Ramos.

Na Biblioteca Escolar Municipal do Rio Comprido - Aluísio Azevedo você encontra:

  • Alexandre e outros heróis;
  • Angústia;
  • Caetés;
  • Cartas de amor à Heloísa;
  • Infância;
  • Insônia;
  • Linhas tortas;
  • Memórias do cárcere;
  • São Bernardo;
  • Terra dos meninos pelados (infantil);
  • Vidas secas;  
  • Velho Graça: uma biografia de Graciliano Ramos (Autor: Denis de Moraes)

  •         Vidas Secas; 
  •         Infância;
  •         Histórias Incompletas; 
  •         Viventes das Alagoas; 
  •          Memórias do Cárcere. 

  • Alexandre e outras histórias;
  • Angustia;
  • Infancia;
  • Insonia;
  • Linhas Tortas;
  • Memórias do Cárcere;
  • São Bernardo.





Postado por: Telma Maria de Oliveira - Bibliotecária da BEM Glória – Pedro Nava
                    Claudio Márcio R. Maia - Bibliotecário Subgerente da BEM do Rio Comprido - Aluísio Azevedo
                    Adriana de Cristo - Bibliotecária Subgerente da BEM de Copacabana - Carlos Drummond de Andrade/Max Feffer

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Conheça a BEM de Santa Cruz


HISTÓRICO 


Foi inaugurada em 29 de abril de 1961 e desde 17 de maio 2000 esta instalada no Palacete  Princesa Isabel  - construído na área da antiga Fazenda Imperial de Santa Cruz para ser a sede administrativa do Matadouro Público, foi inaugurado em 1881, com a presença do Imperador Pedro II. 






O PATRONO


Quem foi esse cidadão que tomamos por nosso patrono?

Joaquim Aurélio Barreto Nabuco de Araújo nasceu em 19/8/1849 em Recife, PE e faleceu em 17/1/1910 em Washington, EUA.

Ele foi político, diplomata, historiador, jurista, jornalista e escritor, sendo um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras.

Apesar de ter nascido numa família escravocrata, isto é, que defendia a existência da escravidão, foi um abolicionista ferrenho, lutando a favor da libertação dos escravos.

Em sua obra “Minha Formação“, ele aborda sua criação. Nesse livro se nota o contraste entre os valores escravocratas de sua família e sua postura pessoal abolicionista.

Uma curiosidade sobre sua vida amorosa: na juventude, Joaquim Nabuco teve um relacionamento amoroso, por 14 anos, com a primeira empresária brasileira e uma das pessoas mais ricas do mundo, na época, Eufrásia Teixeira Leite.

Ela se manteve solteira e ele casou muitos anos depois com Evelina Torres Soares Ribeiro.

Lutador incansável contra a escravidão, usou a carreira política na Câmara dos Deputados e seus textos como tribuna de suas idéias, fundando a Sociedade
Anti-escravidão Brasileira.

Lutou por um estado brasileiro laico, isto é, governo separado da Igreja.

Foi embaixador nos Estados Unidos, onde deu várias conferências em inglês sobre Literatura Portuguesa, particularmente, Luiz de Camões.

O tributo do povo brasileiro à memória desse filho ilustre reflete-se no nome de ruas, avenidas, praças, estabelecimentos de ensino, além da Fundação Joaquim Nabuco, em Recife.


Algumas obras:
--  Camões e os Lusíadas
--  O Abolicionismo
--  Minha Formação
--  Escravos


"Leia o livro e veja o filme"

Espaço infantil


Biblioteca Escolar Municipal de Santa Cruz  - Joaquim Nabuco
Rua das Palmeiras Imperiais, s/nº
Telefone: 3395-2444

Postado por Tania Reis, bibliotecária subgerente da BEM.


segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Conheça a BEM de Sulacap

A patrona


Lúcia Benedetti
1914 – 1998

Pioneira do teatro infantil, nasceu em 30 de março de 1914, na Mooca, bairro de São Paulo (SP).  Aos quatro anos mudou-se com a família para o Rio de Janeiro e, mais tarde, para Niterói (RJ). No Ginásio Bittencourt Silva foi colega do escritor Antonio Callado e já escrevia para revistas escolares. Formou-se neste estabelecimento de ensino em Bacharel de Ciências e Letras.


Em 1935 ficou em segundo lugar em um concurso promovido pelo jornal A Noite : “A Mais Bela Carta de Amor”, aos 21 anos. No ano seguinte casou-se com o secretário daquele jornal, o também escritor e membro da Academia Brasileira de Letras Raimundo Magalhães Júnior, com quem teve uma filha, Rosa Magalhães, artista plástica e consagrada carnavalesca.

Passou a colaborar com os jornais A Noite e Carioca. Publicava crônicas sob os títulos “Diários de Uma Professorinha” e “Vamos Ler” onde a função de professora permitiu-lhe registrar os incidentes e experiências vividas com seus alunos.


Em 1942 publicou seu primeiro romance: “Entrada de Serviço”. Em 1943 lançou, em colaboração com o marido, o volume de contos infantis “Chico vira Bicho e Outras Histórias”



Em 16 de outubro de 1948 estreou no Teatro Ginástico do Rio, sua primeira peça infantil: “ O Casaco Encantado”. Essa encenação foi um marco no teatro infantil brasileiro, pois até aquela data, apenas companhias de teatro européias apresentavam espetáculos deste gênero. 

Por essa peça recebeu o Prêmio Artur Bernardes da Academia Brasileira de Letras. Escreveu ainda, “Aspectos do Teatro Infantil”, obra considerada verdadeira bíblia para os profissionais da área.


Seus trabalhos foram traduzidos para as línguas francesa, espanhola, inglesa, italiana e alemã. Suas peças foram apresentadas na América Latina e Europa.

Foi homenageada pela FUNARTE e pelo Centro Brasileiro para a Infância e Juventude por ocasião da comemoração dos 50 anos do teatro infantil no país, em 1998.





LÚCIA BENEDETTI é tida como a precursora do teatro infantil. Quando da estréia da peça “O Casaco Encantado”, encenado pela Companhia Artistas Unidos, lançou as bases do que hoje é considerado dramaturgia infantil brasileira, buscando, a partir de então, em todos os seus espetáculos para essa faixa de público, que eles alcançassem a mesma qualidade cênica e literária das apresentações voltadas para o público adulto.

Faleceu em 13 de novembro de 1998 e foi sepultada no mausoléu da Academia Brasileira de Letras, no Rio de Janeiro. 


Fonte da pesquisa:
* Dicionário Literário Brasileiro / Raimundo de Menezes
* Dicionário Mulheres do Brasil: de 1500 até a atualidade:
biográfico e ilustrado. Org.  Schuma Schumaher; Érico Vital
Brasil. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2000.



A Biblioteca Escolar Municipal Infantil do Jardim Sulacap - Lucia Benedetti é um espaço bastante dinâmico e tem sempre uma programação especial:

* empréstimos domiciliares por 15 dias de livros, revistas,jornais, audiolivros;
* acesso à internet;
* aulas de artesanato ( 4ª feira / 14 horas);
* convivência do Grupo Renovação - 3 ª idade (6ª feira/ 14:30 h.) c/ psicóloga;
* exposições temáticas; 
* aulas de interpretação ( 2ª feira / 14  30 h );
* aula de noções de informática para a 3ª idade  ( 3ª e 5ª feira );
* CineClube ( última 6ª feira do mês).

Apareça e confira! 




Biblioteca Escolar Municipal Infantil            
do Jardim Sulacap - Lucia Benedetti
Praça Mário Saraiva, s/nº
Telefone: 3357-6168

Postado por: Maria da Conceição, bibliotecária sub-gerente da BEM

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Conheça a BEM de Bangu

A Biblioteca e seu patrono:




A Biblioteca Escolar Municipal de Bangu foi inaugurada em 1981. Seu patrono, o poeta João da Cruz e Souza (1861-1898) é considerado o autor de maior simbolismo no Brasil.




Atendimento:

Todos os dias, de 9 às 17h;
  • Consulta ao acervo: livros, áudio livros, material didático, seção Braille, revistas e jornais;
  • Empréstimos: Para se tornar sócio é necessário: 2 fotos 3x4, comprovante de residência e documento de identificação;
  • Acesso à Internet.


Faça uma visita!


Biblioteca Escolar Municipal de Bangu - Cruz e Souza
Rua Silva Cardoso, 349, Telefone: 3332-0675

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Conheça a BEM de Olaria/Ramos

Como tudo começou




No dia 30 de novembro de 1949 é determinado pelo Governo Federal a instalação de bibliotecas públicas na Cidade do Rio de Janeiro, e cada biblioteca teria o nome do bairro em que estivesse localizada.

A Biblioteca de Olaria-Ramos foi criada pelas resoluções nº02 de 05/01/1945, nº 37 de 17/12/1948 e pela Lei nº 426 de 30/11/1949 e inaugurada a 25 de julho de 1952 com a denominação de Biblioteca Popular da Penha.








Ela funcionou  inicialmente em um prédio situado na Rua Uranos, 1326, onde hoje se encontra o Bloco Carnavalesco Cacique de Ramos, em 1965 com a criação do Estado da Guanabara e suas divisões  em Regiões Administrativas, a então Biblioteca Popular da Penha passou a denominar-se Biblioteca Regional de Olaria-Ramos.







Em 1968, a Biblioteca se transferiu para a Rua Comandante Coimbra, 60 fundos, e em1972 a Biblioteca voltou a ser transferida novamente para a Rua Uranos, só que agora para o nº 1230, onde se encontra até hoje.





No ano de 1990, o prefeito da Cidade do Rio de Janeiro decreta que as Bibliotecas Populares do Município passariam a ter o nome autores consagrados da literatura brasileira, então a Biblioteca Popular Municipal de Olaria-Ramos recebeu como patrono o escritor João Ribeiro.


No ano de 2011, a Biblioteca Popular Municipal de Olaria-Ramos, através do Decreto nº 33.444/2011, passou a denominar-se Biblioteca Escolar Municipal de Olaria-Ramos – João Ribeiro, agora fazendo parte da Secretaria Municipal de Educação.




NOSSO PATRONO


João Ribeiro (J. Batista R. de Andrade Fernandes), jornalista, crítico, filólogo, historiador, pintor, tradutor, nasceu em Laranjeiras, SE, em 24 de junho de 1860, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 13 de abril de 1934.

Órfão de pai muito cedo, foi residir em casa do avô, Joaquim José Ribeiro, que era um espírito liberal, admirador de Alexandre Herculano. No inquérito do Momento Literário, de João do Rio, declarou João Ribeiro atribuir a maior importância, para a formação do seu espírito a essa fase de sua vida, quando as excelentes coleções de livros do avô caíram-lhe nas mãos. Além de dedicar-se à leitura, iniciou-se na pintura e na música. Depois de ter concluído na cidade natal os primeiros estudos, transferiu-se para o Ateneu de Sergipe, em Aracaju, onde sempre se destacou como o primeiro da classe. Foi para a Bahia e matriculou-se no primeiro ano da Faculdade de Medicina de Salvador. Constatando a falta de vocação abandonou o curso e embarcou para o Rio de Janeiro. Simultaneamente continuava a estudar arquitetura, pintura e música, os vários ramos da literatura e, sobretudo filologia.

Desde 1881, dedicou-se ao jornalismo e fez-se amigo dos grandes jornalistas do momento, Quintino Bocaiúva, José do Patrocínio e Alcindo Guanabara. Ao chegar ao Rio, trazia os originais de uma coletânea de poesias, os Idílios modernos. Trabalhou, a princípio, no jornal Época (1887-1888), multiplicando-se por várias seções, sob diversos pseudônimos: Xico-Late, Y., N., Nereu. Em 1888-89 estava no Correio do Povo, com o seu "Através da Semana", onde assinava com as suas iniciais e também com o pseudônimo "Rhizophoro".

Apaixonado pelos assuntos da filologia e da história, João Ribeiro desde cedo dedicou-se ao magistério. Professor de colégios particulares desde 1881, em 1887 submeteu-se a concurso no Colégio Pedro II, para a cadeira de Português, para a qual escreveu a tese "Morfologia e colocação dos pronomes." Contudo só foi nomeado três anos depois, para a cadeira de História Universal. Foi também professor da Escola Dramática do Distrito Federal, cargo em que ainda estava em exercício quando faleceu. Escrevia então para A Semana, de Valentim de Magalhães, ao lado de Machado de Assis, Lúcio de Mendonça e Rodrigo Octavio, entre outros. Ali publicou os artigos que irão constituir os seus Estudos filológicos (1902).

A partir de 1895 fez inúmeras viagens à Europa, ora por motivos particulares, ora em missões oficiais. Representou o Brasil no Congresso de Propriedade Literária, reunido em Dresden, bem como na Sociedade de Geografia de Londres. Mantinha-se em contato com seus leitores brasileiros através de colaborações no Jornal do Commercio, no Dia e no Comércio de São Paulo. A última fase de atividade na imprensa foi no Jornal do Brasil, desde 1925 até a morte. Ali escreveu crônicas, ensaios e crítica.

Em 1897, ao criar-se a Academia, estava ausente do Brasil e por isso não foi incluído no quadro dos fundadores. Em 1898, de volta, ocorreu o falecimento de Luís Guimarães Júnior. A Academia o escolheu para essa primeira vaga. Foi eleito no dia 8 de agosto de 1898 (por 17 votos), tendo tido como concorrente José Vicente de Azevedo Sobrinho (nenhum voto), que mais tarde foi diretor de Secretaria da Academia. Foi recebido em 30 de novembro daquele mesmo ano, por José Veríssimo. Em 22 de dezembro de 1927 a Academia o elegeu presidente. João Ribeiro apresentou, imediatamente, sua renúncia ao cargo.

Seu sentido estético o fazia inclinado a valorizar os aspectos técnicos, estruturais e formais da obra literária, embora fosse um crítico impressionista, com tendência à tolerância e estímulo aos autores, sobretudo os novos.


BIBLIOGRAFIA: 

  • Dicionário gramatical (1889); 
  • Versos (1890); 
  • Estudos filológicos (1902); 
  • Páginas de estética, ensaios (1905); 
  • Frases feitas, filologia (1908); 
  • Compêndio de história da literatura brasileira, história literária 
  • (1909);
  • O fabordão, filologia (1910); 
  • Colméia, ensaios (1923); 
  • Cartas devolvidas (1926); 
  • Curiosidades verbais, filologia (1927)*; 
  • Floresta de exemplos, contos (1931); 
  • Goethe (1932); 
  • A língua nacional, filologia (1933); 
  • Crítica (org. Múcio Leão); 
  • Os modernos (1952); 
  • Clássicos e românticos brasileiros (1952); 
  • Poetas, Parnasianismo e Simbolismo (1957); 
  • Autores de ficção (1959);
  • Dois Estudos de Folclore *.
* Livros do patrono que a BEM possui.

              

 MUSEON

II

Helés, a formosíssima das gregas,
Róseo trecho de mármor sob escombros
Dum Panteon que as divindades cegas
Soterraram depois de tê-lo aos ombros,

Helés, um dia, sobre a praia chegas ...
Inclinam-se extensíssimos os combros
E o vento alarga em frêmitos de assombros
Da túnica do mar as verdes pregas.

E tu reinas, tu só! Debalde, vagas
Sobre outras vagas se atropelam, correm,
Uma por uma, indiferente esmagas:

Como as paixões na tua vida ocorrem,
Uma e mais outra, nas desertas plagas
Chegam e morrem, e chegam e morrem.



IV

Este vaso quem fez, por certo fê-lo
Folhas de acanto e parras imitando.
É de ver-se a asa fosca o setestrelo
De saboroso cacho alevantando.

Que desejo viria de sorvê-lo
Os gomos todos um a um sugando,
Quando, contam, dos pássaros o bando
Do céu descia prestes a bebê-lo.

Examina este vaso. N'um momento
Crê-se vê-lo a voar, o movimento
D'asa soltando, como aéreo ninho ...

 Será verdade que este vaso voa
Ou porventura à mente me atordoa
Seu capitoso odor de antigo vinho?



VIII

Foi com esta maçã d' oiro polido
Que as ambições movendo de Atalanta,
Pôde Hipomenes alcançá-la. E quanta
Vitória a essa em tudo parecida!

Ao ideal aspira! à estrela aspira! à vida
Aspira ó nada, ó turba agonizante,
Ou chores quando a terra alegre cante
— Ou cantes quando a lágrima vertida

Desça-te à boca. E bastaria, apenas,
Para galgar essas regiões serenas,
A maçã de Hipomenes, flébil, louro ...

E chegarás ao ideal e à vida, O pomo
Áureo atirando à própria estrela, como
Lá chega a l,:!z - por uma escada de ouro.



XI

Do mar e das espumas tu nasceste,
Ó forma ideal de rodas as belezas,
lnda teu corpo, mal vestindo-o, veste
Um colar de marítimas turquesas.

Milhares d'anos há que apareceste,
Outros milhares d'almas-sempre acesas
No teu amor, lá vão seguindo presas
Da rua garra olímpica e celeste.

Beijo-te a boca e sigo embevecido
Ondas sobre ondas, pelo mar afora,
Louco, arrastado qual os mais têm sido.

Ora te vendo as formas nuas, ora
Toda nua e sentir-te em meu ouvido
Do eterno som dos beijos meus sonora.


Versos (1889)


Fonte:


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Postado por: Erica Ribeiro Carneiro da Silva, bibliotecária subgerente da BEM Olaria/Ramos - João Ribeiro.