terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Destaques de dezembro na BEM Leblon

- Exposição: trabalhos sobre Vinícius de Moraes produzidos por alunos das Escolas da Rede Municipal – Todos os dias;

- “Vinícius: Musicalidade poética”: leitura de poesias por Cris Anderson, Bibliotecário da UFRJ – 19/12 às 16h;

- Troca de Livros: diariamente troca de livros na Biblioteca. Basta levar um livro de literatura em bom estado e trocar por dois! 

Veja a programação completa das BEM AQUI.

Os títulos em destaque desse mês são:



Um motorista parado no sinal se descobre subitamente cego. É o primeiro caso de uma "treva branca" que logo se espalha incontrolavelmente. Resguardados em quarentena, os cegos se perceberão reduzidos à essência humana, numa verdadeira viagem às trevas. 
O Ensaio Sobre a Cegueira é a fantasia de um autor que nos faz lembrar "a responsabilidade de ter olhos quando os outros os perderam". José Saramago nos dá, aqui, uma imagem aterradora e comovente de tempos sombrios, à beira de um novo milênio, impondo-se à companhia dos maiores visionários modernos, como Franz Kafka e Elias Canetti.



Neste romance, Helder Macedo percorre meio século da vida portuguesa, tendo Lisboa, Londres e Lourenço Marques colonial como cenário de fundo. A narrativa é polifônica, rítmica, mas também usa jogos intertextuais. No fim de PEDRO E PAULA, o narrador, rendido, abre mão da onisciência e se transforma em personagem.



O livro leva o leitor a uma jornada que se inicia em 1831, data em que Charles Darwin começou sua busca pelas respostas acerca dos elementos envolvidos na adaptação das espécies ao ambiente e de como isso influenciou no processo evolutivo de cada uma delas. Diários e registros, além de desenhos e pinturas feitos pelo naturalista e por outros viajantes do HMS Beagle, como Richard Keynes, bisneto de Darwin e autor desta obra, revelam uma das maiores descobertas científicas da era moderna.







Vida, morte, renovação. Temas universais que são o eixo em torno do qual se desenrola a trama simples deste belo romance. É a história de um homem muito velho que, apesar de detentor da sabedoria trazida por todos os seus anos de existência, ainda busca apreender algum sentido na vida. Um romance magnífico, destinado a incorporar-se ao melhor patrimônio literário de nossa língua, um momento de rara beleza, daqueles cuja mágica se abre ao leitor desde a primeira página.








Aborda com extrema delicadeza os dramas existenciais, o sentido e o valor da vida, o cotidiano banal e misterioso, amores e desencontros. A narrativa de Lya se faz ouvir pela voz de uma mulher, uma personagem feminina que relata sua problemática, mas o livro é dirigido a todo tipo de leitores.












"Amor é Prosa, Sexo é Poesia" reúne as melhores crônicas de Arnaldo Jabor sobre nossas obsessões mais íntimas: sexo e amor, família, mulheres. São 36 textos em que Jabor anuncia sem pudores sua fome de beleza em tudo: na vida, na política, no amor, no sexo.












O capitão Pantaleão Pantoja é convocado para uma missão peculiar: criar um serviço de prostitutas para "pacificar" os desejos sexuais dos soldados isolados na selva amazônica.
Em pouco tempo, o que era uma missão discreta se transforma no maior empreendimento de prostitutas do país, colocando de ponta-cabeça a vida de Pantaleão, que se vê envolvido com uma bela e insinuante visitadora.





Em 1989, o médico Drauzio Varella iniciou na Detenção um trabalho voluntário de prevenção à AIDS. Seu relato neste livro tem as tonalidades da experiência pessoal: não busca denunciar um sistema prisional antiquado e desumano; expressa uma disposição para tratar com as pessoas caso a caso, mesmo em condições nada propícias à manifestação das individualidades.
No Carandiru, Drauzio conheceu pessoas como Mário Cachorro, Roberto Carlos, Sem-Chance, Alfinete, Filósofo, Loreta e seu Luís. Não importa a pena a que tenham sido condenados, todos seguem um rígido código penal não escrito, criado pela própria população carcerária. Contrariá-lo pode equivaler à morte.


Friederich Nietzsche, filósofo, está no limite de um desespero suicida, incapaz de encontrar cura para as insuportáveis enxaquecas que o afligem. Josef Breuer, médico distinto e um dos pais da Psicanálise, aceita tratar o filósofo com uma terapia nova e revolucionária: conversar e, assim, tornar-se um detetive na sua cabeça. Mas também Breuer encontra conforto naquelas sessões e descobre a razão dos seus próprios pesadelos, insônias e obsessões sexuais. O livro funde realidade e ficção, ambiente e suspense, para desvendar uma história sobre amor, redenção e o poder da amizade.


Na década de 20, o Copacabana Palace é inaugurado e a intelectualidade se esbalda pelos bares. O autor brinca com a mortalidade dos imortais e, em um curto espaço de tempo, vários integrantes da agremiação aparecem mortos. Causa natural, crime passional? Poucos ficam interessados em saber. Com a árdua missão de identificar o serial killer deste mistério, está um galã. Machado Machado, batizado exatamente dessa forma tamanha era a devoção de seu pai pelo autor de "Dom Casmurro", até é um personagem carismático, mas não o suficiente para salvar a insossa teia de crimes. 




Jô Soares & equipe fazem mais um Romance do Tupiniquim Maluco, confundindo a vida de Vargas que de fato foi com a vida do Getúlio que poderia ter sido, num real imaginado como... imaginário-realista! 






O Stradivarius desaparecido, orelhas cortadas e os respectivos cadáveres trazem Sherlock Holmes ao Brasil. O que parecia um pequeno e discreto caso transforma-se numa saga cheia de perigos, tais como feijoadas, vatapás, mulatas, pais-de-santo e cannabis sativa. Sem falar dos crimes do primeiro serial killer da história, que executa seu plano com notável afinação e precisão de corte. O intrépido detetive e seu fiel esculápio vivem no Rio de Janeiro a aventura que Conan Doyle se excusou de contar, mas que para felicidade do leitor Jô Soares resgata neste romance implacável e impagável.



 "O amante" recebeu o Prêmio Goncourt, o mais importante da literatura francesa e se consagrou como sua obra mais célebre. O romance narra um episódio da adolescência de Duras: sua iniciação sexual, aos quinze anos e meio, com um chinês rico de Saigon. Se as personagens e fatos são verídicos, a escrita os transfigura e transcende; não sabemos em que medida a história é verdadeira. Os encontros amorosos são, ao mesmo tempo, intensamente prazerosos e infinitamente tristes; a vida da família contrapõe amor e ódio, miséria material e riqueza afetiva. A presença da mãe, sua desgraça financeira e moral, do irmão mais velho, drogado, cruel e venal, e do irmão mais novo, frágil e oprimido, constituem uma existência predominantemente triste, e por vezes trágica, de onde Duras extrai um esplendor artístico que se reflete em sua própria pessoa - personagem enigmática, quase de ficção. Tem sido dito que ler este livro é como folhear um álbum de fotografias - a narrativa se desenrola em torno de uma série de imagens fascinantes. Esse trabalho primoroso com as imagens também pode ser verificado nos mais de vinte filmes dirigidos por Duras e na possibilidade de seus textos se transformarem em filmes, como o fez Jean-Jacques Annaud com "O amante" em 1991.


Postado por Simone Souza, bibliotecária e Subgerente da

Biblioteca Escolar Municipal do Leblon – Vinícius de Moraes
Av. Bartlomeu Mitre, 1297 - Leblon (Dentro da Região Administrativa)
Telefone: 2294-1598
Horário de funcionamento: Das 9h às 17h de 2ª a 6ª feira