- Exposição: trabalhos sobre Vinícius de Moraes produzidos por alunos das Escolas da Rede Municipal – Todos os dias;
-
“Vinícius: Musicalidade poética”: leitura de poesias por Cris Anderson, Bibliotecário da UFRJ – 19/12 às 16h;
- Troca de
Livros: diariamente troca de livros na Biblioteca. Basta levar um livro de literatura em bom estado e trocar por dois!
Os títulos
em destaque desse mês são:
Um motorista parado no sinal se descobre subitamente cego. É o primeiro
caso de uma "treva branca" que logo se espalha incontrolavelmente.
Resguardados em quarentena, os cegos se perceberão reduzidos à essência humana,
numa verdadeira viagem às trevas.
O Ensaio Sobre a Cegueira é a fantasia de um autor que nos faz lembrar
"a responsabilidade de ter olhos quando os outros os perderam". José
Saramago nos dá, aqui, uma imagem aterradora e comovente de tempos sombrios, à
beira de um novo milênio, impondo-se à companhia dos maiores visionários
modernos, como Franz Kafka e Elias Canetti.
Neste romance, Helder Macedo percorre meio século da vida portuguesa,
tendo Lisboa, Londres e Lourenço Marques colonial como cenário de fundo. A
narrativa é polifônica, rítmica, mas também usa jogos intertextuais. No fim de
PEDRO E PAULA, o narrador, rendido, abre mão da onisciência e se transforma em
personagem.
O livro leva o leitor a uma jornada que se inicia em 1831, data
Vida,
morte, renovação. Temas universais que são o eixo em torno do qual se desenrola
a trama simples deste belo romance. É a história de um homem muito velho que,
apesar de detentor da sabedoria trazida por todos os seus anos de existência,
ainda busca apreender algum sentido na vida. Um romance magnífico, destinado a
incorporar-se ao melhor patrimônio literário de nossa língua, um momento de
rara beleza, daqueles cuja mágica se abre ao leitor desde a primeira página.
Aborda
com extrema delicadeza os dramas existenciais, o sentido e o valor da vida, o
cotidiano banal e misterioso, amores e desencontros. A narrativa de Lya se faz
ouvir pela voz de uma mulher, uma personagem feminina que relata sua
problemática, mas o livro é dirigido a todo tipo de leitores.
"Amor
é Prosa, Sexo é Poesia" reúne as melhores crônicas de Arnaldo Jabor sobre
nossas obsessões mais íntimas: sexo e amor, família, mulheres. São 36 textos em que Jabor anuncia sem
pudores sua fome de beleza em tudo: na vida, na política, no amor, no sexo.
O capitão Pantaleão Pantoja é convocado para uma missão peculiar: criar
um serviço de prostitutas para "pacificar" os desejos sexuais dos
soldados isolados na selva amazônica.
Em pouco tempo, o que era uma missão discreta se transforma no maior
empreendimento de prostitutas do país, colocando de ponta-cabeça a vida de
Pantaleão, que se vê envolvido com uma bela e insinuante visitadora.
Em 1989, o médico Drauzio Varella iniciou na Detenção um trabalho
voluntário de prevenção à AIDS. Seu relato neste livro tem as tonalidades da
experiência pessoal: não busca denunciar um sistema prisional antiquado e
desumano; expressa uma disposição para tratar com as pessoas caso a caso, mesmo
em condições nada propícias à manifestação das individualidades.
No Carandiru, Drauzio conheceu pessoas como Mário Cachorro, Roberto
Carlos, Sem-Chance, Alfinete, Filósofo, Loreta e seu Luís. Não
importa a pena a que tenham sido condenados, todos seguem um rígido código
penal não escrito, criado pela própria população carcerária. Contrariá-lo pode
equivaler à morte.
Friederich Nietzsche, filósofo, está no limite de um desespero suicida, incapaz de encontrar cura para as
insuportáveis enxaquecas que o afligem. Josef Breuer, médico distinto e um dos
pais da Psicanálise, aceita tratar o filósofo com uma terapia nova e revolucionária:
conversar e, assim, tornar-se um detetive na sua cabeça. Mas também Breuer encontra conforto naquelas sessões e descobre a razão dos seus
próprios pesadelos, insônias e obsessões sexuais. O livro funde
realidade e ficção, ambiente e suspense, para desvendar uma história sobre amor, redenção e o poder da amizade.
Na década de 20, o Copacabana Palace é
inaugurado e a intelectualidade se esbalda pelos bares. O autor brinca com a mortalidade dos imortais e, em um curto espaço de
tempo, vários integrantes da agremiação aparecem
mortos. Causa natural, crime passional? Poucos
ficam interessados em
saber. Com a árdua missão de
identificar o serial killer deste mistério, está um galã. Machado
Machado, batizado exatamente dessa forma tamanha era a devoção de seu pai pelo
autor de "Dom Casmurro", até é um personagem carismático, mas não o
suficiente para salvar a insossa teia de crimes.
Jô
Soares & equipe fazem mais um Romance do Tupiniquim Maluco, confundindo a
vida de Vargas que de fato foi com a vida do Getúlio que poderia ter sido, num
real imaginado como... imaginário-realista!
O Stradivarius desaparecido, orelhas cortadas e os respectivos
cadáveres trazem Sherlock Holmes ao Brasil. O que parecia um pequeno e
discreto caso transforma-se numa saga cheia de perigos, tais como
feijoadas, vatapás, mulatas, pais-de-santo e cannabis
sativa. Sem falar dos crimes do primeiro serial killer da história,
que executa seu plano com notável afinação e precisão de
corte. O intrépido detetive e seu fiel esculápio
vivem no Rio de Janeiro a aventura que Conan Doyle se
excusou de contar, mas que para
felicidade do leitor Jô Soares resgata neste romance implacável e
impagável.
"O amante" recebeu
o Prêmio Goncourt, o mais importante da literatura francesa e se consagrou como
sua obra mais célebre. O romance narra um episódio da adolescência de Duras:
sua iniciação sexual, aos quinze anos e meio, com um chinês rico de Saigon. Se
as personagens e fatos são verídicos, a escrita os transfigura e transcende;
não sabemos em que medida a história é verdadeira. Os encontros amorosos são,
ao mesmo tempo, intensamente prazerosos e infinitamente tristes; a vida da
família contrapõe amor e ódio, miséria material e riqueza afetiva. A presença
da mãe, sua desgraça financeira e moral, do irmão mais velho, drogado, cruel e
venal, e do irmão mais novo, frágil e oprimido, constituem uma existência
predominantemente triste, e por vezes trágica, de onde Duras extrai um
esplendor artístico que se reflete em sua própria pessoa - personagem
enigmática, quase de ficção. Tem sido dito que ler este livro é como folhear um
álbum de fotografias - a narrativa se desenrola em torno de uma série de
imagens fascinantes. Esse trabalho primoroso com as imagens também pode ser
verificado nos mais de vinte filmes dirigidos por Duras e na possibilidade de
seus textos se transformarem em filmes, como o fez Jean-Jacques Annaud com
"O amante" em 1991.
Postado por Simone Souza, bibliotecária e Subgerente da
Biblioteca Escolar Municipal do Leblon – Vinícius de Moraes
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Telefone: 2294-1598
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