Centenário de nascimento de Vinicius de Moraes, o patrono da Biblioteca Escolar Municipal do Leblon.
Entre música, arte e poesia, os leitores da BEM comemoraram a data festejada em todo o mundo!
A Biblioteca foi toda decorada com os trabalhos dos alunos das escolas do entorno, além, da linda Instalação feita por Fátima França e Márcia Pinho, da Gerência de Mídia-Educação (SME).
No sábado os leitores foram recepcionados por Danielle Linhares e Jaspe Mattos, autoras do projeto Leve, Poesia, leve, com lindas e coloridas poesias de Vinicius penduradas num varal na grade da Biblioteca:
Depois de um coffee-break, fomos presenteados por Bete Araújo que fez uma interessante performance lendo poemas de Vinícius.
Então foi lançada a proposta da confecção de bolsa para carregar livros, objetos, maquiagem, sonhos...
E as meninas de todas as idades foras enfeitar suas bolsas com lenços e ventos...
Assim como Vinícius de Moraes tinha um carinho especial pelas crianças, a BEM também programou um momento especial com a bibliotecária Claudia, da Biblioteca Escolar Municipal do Grajaú, que cantou e nos encantou com os poemas do livro A arca de Noé.
Além de leitores, visitantes, bibliotecários e colaboradores, recebemos também uma surpreendente visita: a Rede Globo foi nos visitar e registrou todas as atividades do dia!
Nossa Biblioteca foi vista em rede nacional e horário nobre! Pena que foi só um pouquinho!
Clique aqui e veja a reportagem completa!
E se você perdeu, não fique triste: durante toda a semana, nas
Tardes com Vinicius e próximo ao dia 19 de cada mês teremos uma atividade diferente até 18/10/14, quando fecharemos, com Chave de Ouro, o ano de centenário do Poetinha!
Datas: 19/11/13 -
19/12/13 - 17/01/14 - 19/02/14 - 19/03/14 - 18/04/14
19/05/14 - 19/06/14 - 18/07/14 - 19/08/14 - 19/09/14 - 18/10/14 - sab
Agora saiba mais sobre ele, no texto escrito pela bibliotecária Simone, da BEM do Leblon:
Marcos Vinicius de Melo Moraes
(Vinícius de Moraes) nasceu na madrugada do dia 19 de outubro de 1913, em meio
a forte temporal, na Rua Lopes Quintas, n. 114, no Jardim Botânico (casa já
demolida), Rio de Janeiro.
Iniciou o curso secundário no
Colégio Santo Inácio, em 1924 na Rua São Clemente e começou a cantar no coro do colégio, durante a missa de domingo. A partir daí
participou sempre das festividades escolares de encerramento do ano letivo,
cantando ou atuando nas peças infantis.
Em 1927 conheceu e tornou-se
amigo dos irmãos Paulo e Haroldo Tapajoz, com os quais começou a compor. Com
eles, e alguns colegas do Colégio Santo Inácio, formou um pequeno conjunto
musical que atuava em festinhas, em casa de famílias conhecidas. Compôs, com os
irmãos Tapajoz, "Loura ou morena" e "Canção da noite", que
foi grande sucesso popular.
No ano de 1933, formou-se em
Direito e terminou o Curso de Oficial de Reserva. Nessa mesma época, estimulado
por Otávio de Faria, publicou seu primeiro livro, “O caminho para a distância”,
na Schimidt Editora.
Já em 1935 publica “Forma e
exegese”, com o qual ganhou o prêmio Felipe d'Oliveira.
Publica novos poemas, no ano 1938, e foi agraciado
com a primeira bolsa do Conselho Britânico para estudar língua e literatura
inglesas na Universidade de Oxford (Magdalen College).
Casou-se por procuração com Beatriz Azevedo de
Mello, em 1939 e no ano seguinte, nasceu sua primeira filha, Susana.
Em 1941 começou a fazer jornalismo em A Manhã, como
crítico cinematográfico e a colaborar no Suplemento Literário ao lado de
Rineiro Couto, Manuel Bandeira, Cecília Meireles e Afonso Arinos de Melo
Franco, sob a orientação de Múcio Leão e Cassiano Ricardo.
No ano seguinte nasce seu filho,
Pedro e ingressou, por concurso, na carreira diplomática.
Dirigiu o Suplemento Literário de
O Jornal, em 1944, onde lançou, entre outros, Oscar Niemeyer, Pedro Nava,
Marcelo Garcia, francisco de Sá Pires, Carlos Leão e Lúcio Rangel, em colunas
assinadas, e publicou desenhos de artistas plásticos até então pouco
conhecidos, como Carlos Scliar, Athos Bulcão, Alfredo Ceschiatti, Eros (Martim)
Gonçalves, Arpad Czenes e Maria Helena Vieira da Silva.
No ano 1953 nasce sua filha,
Georgiana e nesse mesmo período compõe seu primeiro samba, música e letra,
"Quando tu passas por mim".
Em 1956, nasce sua outra filha,
Luciana e nesse ano convida Antônio Carlos Jobim para fazer a música de um
espetáculo, iniciando com ele a parceria que, logo depois, com a inclusão do
cantor e violonista João Gilberto, deu início ao movimento de renovação da
música popular brasileira que se convencionou chamar de bossa nova.
Sofre um grave acidente de
automóvel, em 1958, mas no mesmo ano casou-se novamente com Maria Lúcia Proença
e lançou o LP Canção do Amor Demais, de músicas suas com Antônio Carlos Jobim,
cantadas por Elizete Cardoso. No disco ouve-se, pela primeira vez, a batida da
bossa novas, no violão de João Gilberto, que acompanha a cantora em algumas
faixas, entre as quais o samba "Chega de Saudade", considerado o
marco inicial do movimento.
No ano seguinte, saiu o Lp Por
Toda Minha Vida, de canções suas com Jobim, pela cantora Lenita Bruno e o filme
“Orfeu negro” que ganhou a Palme d'Or do Festival de Cannes e o Oscar, de
Hollywood, como melhor filme estrangeiro do ano.
Em agosto de 1962, fez seu
primeiro show, de larga repercussão, com Antônio Carlos Jobim e João Gilbert,na
boate AuBom Gourmet, onde deu início aos chamados pocket-shows, e onde foram
lançados pela primeira vez grandes sucessos internacionais como "Garota de
Ipanema" e o "Samba da bênção" Show com Carlos Lyra.
Começou a trabalhar com o diretor Leon
Hirszman, do Cinema Novo, em 1965, no roteiro do filme Garota de Ipanema.
No ano de 1966, seu "Samba da bênção", de
parceria com Baden Powell, é incluído, em versão de compositor e ator Pierre
Barouh, no filme Un homme… une femme, vencedor do Festival de Cannes do mesmo
ano.
Em 1970 iniciou uma parceria com
Toquinho.
Por causa do seus
sonetos, Tom Jobim o apelidou de "poetinha".
O poetinha casou-se
nove vezes e suas esposas foram, respectivamente: Beatriz Azevedo de Melo (mais conhecida como Tati de Moraes), Regina Pederneiras, Lila
Bôscoli, Maria Lúcia Proença, Nelita de Abreu, Cristina Gurjão, Gesse Gessy,
Marta Rodrigues Santamaria (a Martita) e Gilda de Queirós Mattoso.
Na noite de 9 de julho de
1980, acertando detalhes com Toquinho sobre as canções do álbum "Arca
de Noé", Vinicius alegou cansaço e que precisava tomar um banho. Na
madrugada do dia seguinte Vinicius foi acordado pela empregada, que o
encontrara na banheira de casa, com dificuldades para respirar. Toquinho, que
estava dormindo, acordou e tentou socorrê-lo, seguido por Gilda Mattoso (última
esposa do poeta), mas não houve tempo e Vinicius de Moraes morreu pela manhã.
Vinicius de Moraes
"São demais os perigos desta vida
Pra quem tem paixão principalmente
Quando uma lua chega de repente
E se deixa no céu, como esquecida
E se ao luar que atua desvairado
Vem se unir uma música qualquer
Aí então é preciso ter cuidado
Porque deve andar perto uma mulher..."
Postado por: Cilene Oliveira - professora e bibliotecária
Texto sobro Vinicius: Simone Souza, bibliotecária da BEM Leblon